Escuto ao longe um sonho,
pensamento gritado no sopro cálido do Estio.
Voa rasante, incerto, errante, por sobre os prados dormentes, dantes searas que um dia mataram a fome das gentes.
É voragem drenante que agita os fenos já mortos,
É voragem drenante que agita os fenos já mortos,
fendidos, tortos;
memórias já idas, talvez choradas, talvez sentidas, de quem há muito partiu.
4 comentários:
Desta vez eum "fala" é Luis Vaz de Camões:
O CÉU, A TERRA, O VENTO SOSSEGADO...
O céu, a terra, o vento sossegado...
As ondas, que se estendem pela areia...
Os peixes, que no mar o sono enfreia...
O nocturno silêncio repousado...
O pescador Aónio que, deitado
Onde co vento a água se meneia,
Chorando, o nome amado em vão nomeia,
Que não pode ser mais que nomeado:
- Ondas - dizia - antes que Amor me mate,
Tornai-me a minha Ninfa, que tão cedo
Me fizestes à morte estar sujeita.
Ninguém lhe fala; o mar de longe bate;
Move-se brandamente o arvoredo;
Leva-lhe o vento a voz, que ao vento deita.
Luís de Camões
Bjs.
A seca continua a farpar as poesias deste país salgado...
Bjs
Leda,
obrigado por continuar a escrever!
Deus te abençoe!
bj
Foi um ano de silêncio, mas talvez os ventos mudem e tragam mais gritos ao bosque, agora que o Outono se avizinha.
Obrigada a todos os que percorrem estas veredas.
L.D.
Enviar um comentário