Negros os caminhos que escorrem p'rà valeta;
o piso é velho,
a Lua é nova,
a noite é preta.
Coax'o sapo na voz do noitibó;
a chuva tarda,
o charco seca,
a noite é pó.
Ferem o vento urzais que o sorgo entrama;
o ar geme,
o sangue cai,
a noite é lama.
Perdida vai a estrada em quem nela caminha;
a rua é estreita,
a bruma é densa,
a noite é minha!
2 comentários:
Magnífico poema e a foto é espectacular! Bjs.
Esta fotografia foi tirada nos canaviais, entre os choupos que ladeiam o rio, um lugar onde há sapos, urzes, sorgo (Sorghum halepense L.), noitibós durante o Verão e muitas outras corujas o ano inteiro!
Bjs.
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