sexta-feira, 21 de maio de 2010

Amanhece


Por que me olhas com desdém? Quebrada estou, não ignoro. Teimosamente diluis teus dedos de febre por entre as frondes vazias. Se da quietude das horas idas te alteias, nem mesmo teus raios elísios ensombram a noite que clareia em mim.

2 comentários:

Nanda Costa disse...

Esta fotografia está um esplendor! As palavras chave deram-me a volta hoje, mas encontrei um poema de um autor pouco conhecido (Eduardo Mesquita), prefiro dizer pouco conhecido a desconhecido, pois concerteza lá na terra todos o conhecem. O poema chama-se "Nascer do Sol". Seja dada voz aos nossos poetas do povo:

NASCER DO SOL

Por detrás das grades vi uma claridade,
que fez no meu peito nascer uma esperanca,
senti que poderia terminar a tempestade,
e que finalmente chegaria a bonança.

Foi como um elixir, uma sagrada dança,
com rituais bordados pela ansiedade,
foi como se um feiticeiro, chegasse a verdade,
sem ter que manejar, a sua "sábia lança".

Foi um raio de luz, que entrou no meu mundo,
e reacendeu de novo a minha alma,
que caíra num precipício bem fundo.

Bastou um momento, minha voz se acalma,
com esse resplandecente suspiro e profundo.
Nasceu mais um dia, numa manha calma...

Eduardo Mesquita

Leda Dylluan disse...

Gostei muito :)